quinta-feira, 24 de março de 2011

Vamos conversar sobre a Universidade Pedagógica.

A UP, sendo a maior universidade do país, com dez delegações distribuídas por todas as províncias e perto de 40.000 estudantes inscritos, representa um grande desafio para os esquemas tradicionais de gestão. Deixem-me colocar alguns bullets com os principais aspectos que caracterizam (e complicam de certa maneira) a gestão desta mega - universidade: 
  • Necessidade de garantir infra-estrutura comparável em dez províncias;
  • Necessidade de garantir um desenvolvimento dos recursos humanos paralelo em todo o país;
  • Necessidade da coordenação pedagógica de modo a permitir uma mesma qualidade, a qualidade UP em todas as delegações, que têm à partida condições muito diferenciadas;
  • A multiplicidade das comunidades que envolvem os diferentes campi da UP em diferentes províncias, do ponto de vista de hábitos, diversidade cultural, desafios quotidianos, prioridades colectivas…

Sim. Ser líder não é fácil.
Dentro de uma estratégia geral participativa de governação (lembro-me sempre do cliché samoriano: “a colectivização da direcção integra as massas no poder”) introduzimos, para além dos órgãos colegiais estatuídos, tais como Conselho Académico, Conselho Universitário, Conselho Directivo de Reitoria e Conselho de Direcção, outros fóruns de gestão e principalmente coordenação de acção (conselho directivo das faculdades, conselho directivo das delegações, conselho dos centros de pesquisa) para além das visitas obrigatórias a cada delegação, cada faculdade ou escola, cada direcção central, cada centro de pesquisa pelo menos uma vez por ano.
Isto ajuda a manter a agenda do gabinete completamente preenchida. Não restando mesmo tempo para saudar um amigo, um colega, um estudante que tenha algo muito particular e que não possa em tempo útil resolver sem ter esperado algumas semanas na fila das audiências.
Aí pensamos no blog. Informal, anónimo, aberto, rápido e partilhado, permite-nos acompanharmos de perto o pulsar da universidade e ouvir melhor a preocupação individual de membros da comunidade universitária e não só.
Esperamos que, para além de problemas, tenhamos criatividade suficiente para também levantarmos questões diversas de interesse social, económico, político e académico do país, para que tenhamos mais um espaço de cultura.
Mãos à obra, ou melhor, dedos às teclas. 


Prof. Doutor Rogério José Uthui
Reitor